Resumindo...

terça-feira, 19 de julho de 2011

A Vidraça e a Magia


Era noite fria lá fora, a lua havia se escondido delas.
Pela janela via-se o vento à mostrar-se para as árvores
E um suspiro mais intenso embaçou a vidraça
Ela ainda à perseguia
só que não havia mais cumplicidade
não havia mais o que as pudesse somar
todos os cacos estilhaçados pendiam.

Nada taria novamente o reflexo daquele rosto belo
que tantos risos moraram
que tantas lágrimas rolaram
O que há de errado contido nesse espelho?
Qual fantasma ronda o caminho?
com direito de anciã ela rouba o ar da vida.

Diante da vidraça
Já em sua terceira fase
ela joga as lágrimas para dentro,
mandando-as para o calabouço interno
de onde jamais irão contemplar o luar novamente.

Ela sabe que não está sozinha, e jamais esteve.
Mas não há forças para lutas entre as duas
Os dedos vividos desembaçam a vidraça
brilha um anel de jade na prata envelhecida
Ela sabe, ele vai auxiliá-lo em sua passagem.

Duas rivais e cúmplices, usaram-se quando foi preciso.
"Venha adormecer, você já muito ofereceu desse dom"
Era ela que à chamava, naquele dia um tom diferente.
Uma calmaria quase irreconhecível
Cerra suas pálpebras para adormecer

Nessa noite a Magia te carrega
Como à carregaste por uma vida.

Brilha a pedra Jade em teu anelar...
"Já não há mais o que sentir por aqui"